sábado, 28 de setembro de 2013

O crescimento forçado



Ele não esperou pelo momento final, fugiu, saíra da cidade sem destino, procurando outro local de abrigo. Fora passando por cidades, crescendo com as situações, aprendendo com os erros, inovando as suas artes. Apenas se alimentava daquilo que encontrava ou do que as pessoas lhe ofereciam, prometera nunca roubar, nunca iria extrair o produto do trabalho realizado duramente por outras pessoas, então, apenas contava com a sorte e com a benevolência das pessoas. David foi vivendo a sua vida, sem grandes preocupações, apenas se limitava a sobreviver. Quando atingiria a adolescência, preocupou-se com o rumo da sua vida, pensou em assentar em algum lugar, esse lugar seria Leiria, uma cidade muito habitada e com um belo lago azul. David admirava-se com todas aquelas pessoas, desde os pequenos miúdos aos velhos habitantes, encontrando pelo caminho várias moças bonitas e cavaleiros talentosos.

David ainda não possuía dinheiro suficiente para habitar num hotel e muito menos para comprar uma habitação, dormia nas ruínas de uma velha casa, já sem decorações, sem umas paredes e com um telhado esburacado pelo tempo. Todas as noites deitava-se num monte de palha seca. Apenas possuía um tecido branco que fora várias vezes remendado a que chamara de roupa, parecendo um vestido muito curto. Lavava-o no rio, local onde tomava um banho gelado com flores de laranjeira.

Com os seus conhecimentos, David, conseguira trabalhar muitas vezes em campos de nobres e nas minas, juntando o seu dinheiro. Passou a visitar a taverna, conhecer pessoas e foi amealhando todos os cruzados, até conseguir comprar um barraco e um campo, começou a produzir os seus alimentos e a ser cada mais independente de si mesmo, ganhando mais responsabilidades pois tornara-se cidadão de Leiria.

David sempre gostou de ler, então começou a frequentar a biblioteca de Leiria, lia alguns livros religiosos e políticos, assim como jornais, mas o que mais via era livros sobre famílias portuguesas, tentando descobrir a sua origem e os seus familiares. Após muitas horas dispensadas em livros sem nunca encontrar pistas sobre a sua existência, recebe uma carta. Esta tinha sido enviada desde o Porto, por um jovem que dizia ser meu parente e saber toda a história da minha família.

David ia todos os dias á Taverna da Leiria que era gerida pela Casa do Povo e pela prefeita Sbcrugilo, todas as noites ia para beber o seu chá, pois ele não bebia álcool. Lá conheceu Juana, uma moça de aspecto jovem, com uns cabelos anelados e castanhos. Rapidamente se tornaram bons amigos e ela pediu para ser madrinha de David, ele aceitou.

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